quinta-feira, 4 de agosto de 2011

"Só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar nunca."

Com a frase do antropólogo que dá nome ao campus da UnB da Asa Norte, Darcy Ribeiro, apresento-lhes a resposta da associação às últimas acusações veiculadas na imprensa. Fica a indignação contra as ofensas pelo Sindicato das Escolas Particulares de Brasília, pelo Conselho de Educação do Distrito Federal e pelas demais autoridades que feriram a honra de nossos estudantes.





Senhora Presidente do Sindicato das Escolas Particulares do DF,
Senhores Conselheiros de Educação do Distrito Federal,
Demais autoridades que estão questionando, na mídia, a integridade de nossas famílias,
Continuam as “falsas” afirmações de que nossos filhos faltaram com a verdade ao se inscreverem no 2º Vestibular da UnB de 2011, embora tenhamos deixado nossos afazeres para constituir uma Associação de Pais e esclarecer à população que o edital do certame permitia que os candidatos aprovados concluíssem o ensino médio até o dia da matrícula na instituição.
Não conseguimos entender o que há por trás de toda essa celeuma...
Temos certeza, contudo, de que são falaciosas as afirmações de que Vossas Senhorias estão preocupadas com a “formação cognitiva desses alunos”. Sobre o assunto, talvez fosse oportuno algum estudo de Piaget, segundo o qual “o importante é a ordem dos estágios e não a idade de aparição destes”.
De qualquer modo, não nos parecem ter qualquer tipo de preocupação com o futuro desses jovens aqueles que vão à imprensa difamá-los (com afirmações falsas) e ameaçá-los com medidas tendentes a fazer com que percam suas tão sonhadas vagas na universidade.
Vagas que esses jovens conquistaram, com nosso apoio e orientação, desvencilhando-se de todas as más influências do mundo moderno, dedicando-se aos estudos e passando em um vestibular cujo grau de dificuldade não há qualquer sombra de dúvida.
Ninguém tem mais condições do que nós, pais, de avaliar o que é melhor para os nossos filhos. Nesse sentido, queremos, apenas, que seus esforços sejam reconhecidos e possam dar início às suas formações acadêmicas. Estamos lutando para que não tenham suas vidas freadas por questionáveis imposições de idade (a maioria, por poucos meses) e regras aplicáveis apenas às instituições de ensino subordinadas ao Conselho de Educação do Distrito Federal.
Tais regras, por seu total descompasso com as dos demais entes da Federação, permitiram que alunos de outros estados, bem assim os regidos por regras federais ou militares, como é o caso do Colégio Militar, pudessem avançar seus estudos e fazer a matrícula na UnB sem qualquer contratempo. Nossos filhos, em iguais condições, por estudarem em Brasília, não tiveram a mesma sorte.
Por outro lado, é, no mínimo, estranho que Vossas Senhorias também estejam duvidando do discernimento dos nobres Juízes e Desembargadores do Distrito Federal. Talvez por não conhecerem o teor de suas decisões, que foram exaradas após a análise dos normativos aplicáveis à questão, em conjunto com as situações fáticas de cada caso concreto. Tudo isso, em respeito ao princípio constitucional da isonomia (tratamento desigual aos desiguais).
Por isso, rogamos: apontem as “flechas” das vossas supostas preocupações àqueles jovens que realmente estão precisando dos órgãos que Vossas Senhorias representam (e todos sabemos que não são poucos), e deixem nossos filhos seguirem, em paz, suas tão promissoras vidas.

2 comentários:

  1. Parabéns! Excelente resposta. Vocês conseguiram expressar nossa opnião sobre o assunto. Afinal de contas, quem cala consente.

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  2. O povo trata agente como se agente fosse criançinha... Eu quero ver daqui alguns anos quem vai pisar em quem...

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