sexta-feira, 29 de julho de 2011

Reportagem Correio Braziliense

Segunda chamada da UnB fica para 1º de agosto
Adriana Bernardes



O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe) adiou a divulgação dos aprovados na segunda chamada para o 2º Vestibular 2011. A data prevista é 1º de agosto, por meio da internet. A decisão foi tomada ontem — dia em que a lista dos classificados seria publicada — em uma reunião com o Decanato de Graduação. O motivo é a quantidade de liminares e mandados de segurança obtidos por estudantes que não concluíram o ensino médio ou não têm 18 anos, mas passaram no processo seletivo. Eles recorreram à Justiça para garantir a matrícula na instituição.

Até lá, candidatos, UnB e Sindicato das Escolas Particulares do DF (Sinepe-DF) travarão uma guerra na Justiça. A decana de Ensino de Graduação da UnB, Márcia Abrahão Moura, informou que o departamento jurídico da instituição está reunindo a documentação para entrar com os recursos até a próxima segunda-feira.

Segundo ela, esse tipo de situação é recorrente, e as decisões judiciais às vezes são lentas. Para ela, além de queimar uma etapa importante da formação do estudante, o ingresso na universidade por força de liminar pode ter impacto na qualidade da disciplina ofertada. “A universidade abre 30 vagas e preenche o quadro. Depois, temos que cumprir liminares e receber um número muito maior de alunos. Isso pode ter consequência na oferta de laboratório, por exemplo”, afirmou.

Diploma
A presidente do Sinepe, Amábile Pácios, reiterou que contestará todas as liminares impetradas pelos estudantes. Ela defendeu que as regras sejam respeitadas. “Só pode fazer vestibular quem tem ensino médio, assim como só pode prestar concurso para delegado quem tem curso de direito. Não podemos validar essa história. Eles sabiam que uma exigência era o diploma”, disse.

Por meio de uma carta, a Associação de Familiares e Estudantes Aprovados no 2° Vestibular da UnB do Ano de 2011 classificou como “um absurdo que a entidade representativa das escolas particulares queira negar a estes jovens, pelo vil interesse econômico de um mínimo que perderiam em mensalidades das escolas que representa (…), quando, na verdade, deveriam é se orgulhar do brilhante desempenho destes estudantes, ao invés de humilhá-los e ofendê-los pela imprensa, taxando-os e aos seus familiares de mentirosos”.

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