Este ano fomos surpreendidos mais
uma vez por entidades que desejam impedir o avanço dos estudos de alunos do
Ensino Médio por meio do vestibular da UnB, o que representa uma contradição da
Lei de Diretrizes e Bases da Educação e representa um retrocesso no que tange a
tantas teorias de desenvolvimento ensinadas, inclusive, pela própria
Universidade de Brasília. Para relembrar os fatos que ocorreram nos últimos
anos, vale um histórico da luta da AFAUnB pela causa desses estudantes.
2010 – Aos 31 dias do mês de
dezembro, data bastante contraditória, uma resolução é aprovada pelo Conselho
de Educação do Distrito Federal impedindo que alunos que não concluíram o
Ensino Médio fizessem adiantamento de estudos para ingressarem nos cursos de
nível superior como, até então, as próprias escolas poderiam fazer.
2011 – Após divulgação do
resultado do vestibular de meio de ano da Universidade de Brasília, pais de
alunos impedidos de avançarem os estudos após lograrem êxito no certame, se
reuniram para juntar forças para garantir o direito dos filhos a usufruírem de
sua vaga. Nasce então a AFAUnB.
2012 – Mais organizada em com
mais experiência, a AFAUnB já se adiantou ao alertar os vestibulandos sobre a
necessidade de um processo judicial para garantir o direito ao ingresso na UnB.
O então presidente, Emery Bandeira, publicou um informativo antes da divulgação
do resultado pelo Cespe, direcionando as ações dos alunos para que tivessem
tempo hábil para correrem atrás de toda a documentação necessária para o
andamento dos processos. Os alunos deveriam pleitear o acesso a um supletivo
para terem, na data de matrícula, a conclusão certificada.
2013 – Ainda com a resolução de
2010 em vigor, em 2013 a AFAUnB continuou o seu trabalho, orientando pais,
alunos e advogados sobre a conduta acerca dos processos contra os cursos supletivos
o que, até então, era a única via de acesso ao diploma de Ensino Médio em tempo
hábil. Algumas assembleias foram realizadas com tal fim.
2014 – Ainda levando a cabo os processos
de estudantes de escola pública de forma gratuita, bem como fazendo acordos com
cursos supletivos para conseguir bolsas aos mais necessitados, a AFAUnB teve
sua presidência renovada quando assume Thiago Machado, então mestrando da área
de educação da UnB. O novo presidente, o qual entrou na universidade
antecipadamente quando isso ainda era possível, apoiado pela assessoria
jurídica e pela vice-presidente Ábida Lins, participou do processo constituição
da AFAUnB como pessoa jurídica para que, então pudesse brigar coletivamente
pelos seus associados.
2015 – A UnB, corroborando a decisão
do CEDF, publica edital com item que obriga os estudantes a comprovarem a conclusão
do Ensino Médio ainda no período de inscrição do vestibular. A AFAUnB, agora provida
de personalidade jurídica, entra com mandado de segurança coletivo para
garantir a inscrição de seus associados ao entender que o edital divulgado pelo
Cespe tem caráter arbitrário sem fundamentação legal.
ESTUDANTE, você que quer ter os
seus direitos assegurados: não deixe de se engajar nessa luta! Brigue para que
a AFAUnB, na verdade, não precise existir nos próximos anos, quando não houver
mais impedimentos para a entrada antecipada nas universidades. Venha discutir, junto à sociedade, se os motivos alegados para todo esse impedimento têm, de fato, cunho pedagógico.
Vocês entraram na justiça em relação a esse item do edital que impede os alunos que nao concluíram o EM a participar como candidato certo? no caso se vocês ganharem a causa vai servir para toda a comunidade ou apenas para vocês da associação?
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